quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nunca esquiou? Aprenda 10 passos simples antes de se aventurar

Para brasileiros, andar de bicicleta na orla, pegar ondas no mar e jogar vôlei de praia são práticas divertidas e que não têm mistérios. Mas esportes de inverno, especialmente os praticados na neve, como o esqui, podem parecer impossíveis para quem está acostumado a altas temperaturas. Ao menos, à primeira vista.

"Morei nos Estados Unidos, mas nunca tinha esquiado. Na primeira vez em que tentei, não fiz aula e fiquei insegura", disse a turista brasileira Alessandra Haybttle, que, pela segunda vez, pratica o esporte em Termas de Chillán, região a 480 km de Santiago, no Chile.

O complexo turístico tem pistas e programas especiais para quem quer começar a se aventurar nesta prática. "Vale a pena fazer aula por pelo menos uma ou duas horas", recomenda a turista. "Assim você aprende as técnicas básicas e se sente mais seguro para brincar sozinho depois. É um investimento", continua. Na região, uma hora de aula de esqui para duas pessoas custa cerca de R$ 120. Para grupos de três a sete pessoas, o valor vai para R$ 200. No preço, não está incluso o aluguel de equipamentos e roupa de esqui.

Roupas e equipamentos
Vestir as roupas adequadas para esquiar é importante para não sofrer com as baixas temperaturas durante o esporte. Assim, o esquiador pode se concentrar só na prática e não temer as quedas também pelo frio. Recomenda-se o uso de casaco e calça impermeáveis, além de luvas e meias próprias. Usar muitas camadas de meias ou meias muito grossas pode dificultar os movimentos com os pés.

Começando a deslizar
Em uma primeira aula, é possível aprender desde como andar com a pesada (e no começo desconfortável) bota de esquiar. "É necessário flexionar os joelhos o tempo todo", explica o instrutor da estação de esqui de Termas de Chillán, Zoilo Aguilera, que ensina os turistas a esquiar há três anos e já pratica o esporte há 20.

Os instrutores costumam começar a aula mostrando como prender a bota no esqui e a se movimentar primeiro com um só pé com o equipamento. Tudo pronto, é hora de começar a se equilibrar: para alívio de muitos, em um lugar plano, sem riscos de sair esquiando "sem querer". "O importante é manter o corpo sempre inclinado para frente", ressalta Tirson Navarreta, que ensina esqui há oito anos na mesma estação. "O esqui é feito para suportar o peso de nosso corpo. Jogando o corpo para frente, o risco de cair é bem menor. Todo o equipamento é desenhado para isso", conta. Ele também indica colocar as mãos na cintura, caso não esteja usando bastões. "Ajuda a dar equilíbrio", diz.

Subidas podem assustar
Para quem nunca foi a uma estação de esqui, a subida à montanha pode causar mais estranhamento do que a própria descida. Geralmente feita por teleféricos ou por cabos de aço que puxam o esquiador em pé, deslizando rumo ao alto da montanha, a subida também exige cuidado e, mais do que isso, atenção. "O corpo precisa estar bem-posicionado: joelhos flexionados, coluna reta, sem se inclinar para trás", orienta Aguilera. Já os teleféricos exigem cuidado ao subir, porque não param para que o turista se sente. Ao descer do transporte, é necessário concentrar-se também para sair esquiando.

Segredos
Mas nada disso assusta se você aprende, antes de se arriscar, a fazer uma boa "cunha". Ela é o freio do esqui - pelo menos, para os iniciantes na prática. A cunha é o movimento de abrir bastante as pernas, fechando os esquis, mas sem cruzá-los. "É fazendo a cunha bem aberta que você diminui a velocidade e ganha segurança", explica o instrutor Navarreta. "É preciso sempre olhar para a frente, atento aos obstáculos ou pessoas no caminho", continua. "Olhar para baixo, para os esquis, e ver a velocidade dá medo e deixa as pessoas que estão começando inseguras", completa. Aliás, focar a visão no horizonte, em uma paisagem estonteante, não chega a ser um grande esforço.

Clique na aba de fotos e confira 10 passos importantes para se aventurar nesta prática com segurança e se divertir mais nas suas férias de inverno.

A reportagem do Terra viajou ao Chile a convite de Termas de Chillán e LAN.

Fuja deles! Veja países com maior risco de desastres naturais

Existem alguns lugares no mundo que enganam pela beleza natural. Sabe aquelas ilhas paradisíacas, com águas cristalinas e paisagens deslumbrantes? Pois este sonho de consumo pode estar localizado em um dos locais mais perigosos do mundo. O Relatório de Risco Mundial divulgado pelo Instituto de Meio Ambiente e Segurança Humana da Universidade das Nações Unidas no último mês traz os lugares que do mundo que estão mais propensos às intempéries da natureza?

Confira abaixo os dez destinos mais perigosos quando o assunto são desastres naturais.

1) Vanuatu
É um pequeno arquipélago do pacífico, que faz parte do conjunto de ilhas da região das Novas Hébridas. Vanuatu fica próximo às Ilhas Salomão e Fiji. Composto por 83 ilhas, o arquipélago tem dezenas de vulcões ativos, tantos terrestres quanto submarinos.

O grande perigo de se passar férias em Vanuatu é se deparar com uma erupção no meio do passeio. Segundo o relatório da ONU, Vanuatu não é o país que apresenta a maior chance de ocorrência de desastres naturais, mas sim o que apresenta chance elevada e, aliado à falta de infraestrutura, dificulta o gerenciamento de situações de emergências.

2) Tonga
Integrante da Polinésia, este território foi descoberto por holandeses em 1616. Hoje, é um país turístico e suas principais atrações são o mergulho, surfe e o campismo.

Assim como Vanuatu, Tonga possui pouca infraestrutura, o que dificulta o socorro em caso de eventos naturais adversos. Com solo de pedras calcárias, as ilhas de Tonga apresentam erupções vulcânicas intensas. Um dos maiores vulcões de Tonga, com 515 metros de altura e 5 km de largura, situa-se na ilha de Tofu. Sua última erupção ocorreu em março de 2009.

3) Filipinas
As Filipinas são formadas por 7107 ilhas, com uma área de quase 300 mil Km². A região é atingida pelos mais variados eventos naturais por causa da volatilidade climática existente.

Nos últimos anos, as tempestades estão se tornando cada vez mais intensas, gerando prejuízos aos agricultores e ao turismo local. Furacões e grandes tempestades costumam castigar o país ano após ano e a população local vem lutando para ter um sistema eficaz que os ajude a lidar com os problemas.

Na última década, o país vem contando com a ajuda de ONGs e até da ONU para o desenvolvimento de estratégias que diminuam o número de vítimas após os desastres naturais.

4) Ilhas Salomão
Localizadas na mesma região de Vanuatu, também possui grande atividade vulcânica e ainda lida com um fator adicional: a baixa altitude. Com o aumento do nível do mar, boa parte do litoral das Ilhas Salomão será engolida pelo oceano. Com um cenário deslumbrante, este paraíso tem que lidar com a força da natureza o tempo inteiro.

5) Guatemala
Localizado na América Central, este país também possui uma paisagem deslumbrante. Assim como os demais países, este também sofre com a grande quantidade de vulcões, que chegam a atingir os incríveis 4 mil metros, como é o caso do vulcão Tajumulco.

Além dos vulcões, é comum a ocorrência de furacões devastadores na região. Somando-se isso à quantidade de chuvas, o país é um dos mais perturbados pelos desastres naturais no mundo.

6) Bangladesh
Este pequeno país asiático é vizinho da Índia e conhecido pelos desastres naturais e confrontos políticos. Próximo ao trópico de câncer, o país é influenciado diretamente pelos clima subtropical das monções.

A principal característica da região é a ocorrência de chuvas intensas e grande umidade. Ciclones extratropicais e inundações são comuns em Bangladesh.

7) Timor Leste
Conhecido pelos conflitos das últimas décadas, o Timor Leste sofre com a pobreza e com a fúria da natureza. Também localizado na região das monções, enfrenta chuvas frequentes e, pela falta de infraestrutura, a situação da população se agrava com qualquer tipo de ocorrência fora do normal.

8) Costa Rica
Localizado na América Central, possui uma das faixas mais estreitas do continente. Tomada por cordilheiras, a região é formada por vulcões, dos quais alguns ainda estão ativos. Pela localização geográfica, o país é atingido constantemente por terremotos, furacões e tempestades tropicais.

9) Camboja
Localizado na região da Indochina, faz fronteira com a Tailândia e Laos. É um país muito povoado e que enfrenta anualmente as inundações do terreno. De setembro a outubro, o país sofre com o maior volume de precipitação, mas entre novembro e março, a seca se faz presente em boa parte do país.

Um dos principais perigos do país são os tufões, muito comuns na região.

10) El Salvador
Localizado na América Central, enfrenta os mesmos problemas de Guatemala e Costa Rica. Seu território é ocupado por diversos vulcões ativos, como o Santa Ana, San Vicente e Conchagua.

A região também faz parte da rota dos furacões, que costumam causar grandes estragos. Além disso, o país está localizado em uma região propensa ao surgimento de terremotos, o que o coloca na décima posição dos países que mais sofrem com os desastres naturais.